"Que as pessoas se refiram sobre a caminhada de pacientes oncológicos, sejam eles famosos ou não, com empatia e gentileza"
Já vinham sendo publicadas na mídia, desde 2022, notícias a respeito do tratamento da cantora Rita Lee para um câncer de pulmão. A artista faleceu em 9 de maio devido à neoplasia. A partida de Rita Lee foi e será muito sentida por seus familiares e fãs.
Rita não foi a única a ser relacionada ao tema, assim como a cantora Preta Gil, o apresentador Celso Portioli e a cantora Simony. Por um lado, é esperado que os artistas se manifestem sobre seus diagnósticos e tratamentos, por serem figuras públicas. Mas muitos se esquecem o quão difícil pode ser esse momento. Lidar de forma respeitosa nesta situação é imprescindível, acolhendo e respeitando que os artistas queiram compartilhar ou não suas jornadas oncológicas.
Ninguém sabe realmente como irá reagir à notícia. E o tratamento que vem a seguir é um caminho longo e repleto de incertezas. A situação também é complicada para amigos e familiares: o que fazer ou o que dizer quando você fica sabendo que um ente querido contraiu essa doença tão devastadora? Mais delicadeza ainda deve haver quando ocorre um falecimento devido a câncer.
Parte da imprensa vem utilizando há décadas termos como "perdeu a batalha contra o câncer" para noticiar mortes causadas por tumores. Para a médica paliativista Ana Claudia Quintana, qualquer representação do câncer como uma guerra não funciona porque não há vencedores ou perdedores no tratamento da doença, mas seres humanos com diferentes medos, esperanças e necessidades.
Assim, me despeço da coluna dessa semana deixando minha admiração pela magnífica Rita Lee e desejando que, cada vez mais, as pessoas se refiram sobre a caminhada de pacientes oncológicos, sejam eles famosos ou não, com empatia e gentileza.
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