Cigarro eletrônico muitas vezes pode ser visto como menos danoso à saúde, mas a realidade não é esta; produtos podem causar doenças sérias
Recentemente, o caso do cantor Zé Neto correu pelas notícias da internet. Você sabia que o uso de cigarros eletrônicos pode causar doenças sérias? Cigarro eletrônico muitas vezes pode ser visto como menos danoso à saúde, mas a realidade não é esta.
Para começar, podemos citar uma forma de doença aguda, conhecida como EVALI (E-cigarette or vaping product use associated lung injury), ou seja: injúria (dano) pulmonar associado ao uso de cigarros eletrônicos ou vaping. Esta doença pode se apresentar de forma leve ou grave, com sintomas que incluem: tosse, falta de ar, dor no peito e febre e, raramente, até alguns sintomas gastrointestinais.
Esta é uma doença respiratória séria e para a qual o tratamento ainda não está bem estabelecido. Alguns pacientes podem precisar de suplementação de oxigênio e outros até de ventilação mecânica.
E em relação ao câncer, quais são as preocupações? Muitas das substâncias contidas no fluido do cigarro eletrônico ou dos vapes são carcinógenos conhecidos. Um exemplo é o formol. Nestes produtos, a nicotina é diluída em propilenoglicol, que em seu estado natural não causa danos. Mas quando aquecido, transforma-se em formaldeído, substância carcinógena, que pode estar associada ao câncer de pulmão.
Além disso, pelo fato do cigarro eletrônico não ser um produto regulamentado, o paciente pode estar inalando muito mais substâncias prejudiciais do que se imagina. Ou seja, fumar é extremamente prejudicial à saúde, sejam cigarros convencionais, eletrônicos, de palha, charutos entre outros.
O ideal é nem iniciar este hábito mas, se você ou alguma pessoa necessitarem de auxílio para interrompê-lo, não hesite em procurar atenção especializada. A cessação do tabagismo é muito mais fácil mediante atuação de pneumologistas, psiquiatras, psicólogos, oncologistas e apoio dos familiares.
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