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  • Foto do escritorCarolina Martins Vieira

O que são tumores neuroendócrinos e como eles são tratados?

Disfunção ocorre quando algumas das células neuroendócrinas passam por uma mutação, que pode ser hereditária ou, na maioria dos casos, surgir ao acaso


Os tumores neuroendócrinos (TNE) são aqueles formados em qualquer região do sistema neuroendócrino. Eles ocorrem quando algumas das células neuroendócrinas passam por uma mutação, que pode ser hereditária ou, na maioria dos casos, surgir ao acaso. Convido esta semana a doutora Aline Chaves Andrade, médica oncologista do Grupo Oncoclínicas e especialista nesta área do conhecimento.



Qual a frequência desses tipos de tumores na população geral?


Apesar de serem considerados raros, segundo estatísticas americanas se forem classificados todos do trato digestivo seria a terceira causa mais comum deste tipo de câncer. No Brasil, não há um banco de dados preciso para estes tumores, já que são classificados pela sua localização anatômica e não pelo seu subtipo, modelo usado pelo INCA na coleta de dados epidemiológicos.



Quais são os fatores de risco?


TNE engloba uma vasta variedade de localizações, então não há um fator de risco determinante na sua incidência, mas podemos dizer que em torno de 10% dos casos podem ter como causa síndromes hereditárias familiares, acometendo principalmente os mais jovens.



A doença pode acometer quais órgãos?


Qualquer órgão do corpo humano, porém mais comumente órgãos do aparelho digestivo como intestino delgado, pâncreas, estômago e reto.



De um ponto de vista simplificado, como é feita a classificação desses tumores?


Pela análise mais detalhada da biópsia do tumor, por um exame chamado imunohistoquímica que definirá entre quatro subtipos (tumores grau 1, 2 e 3 e carcinomas).



Quais os principais tipos de tratamentos empregados para tumores neuroendócrinos?

Primariamente, sempre que possível, cirurgia para retirada do todo tumor, e tratamentos sistêmicos com injeções mensais de uma classe de drogas chamados análogos da somatostatina, drogas alvo orais, terapia com radiofármacos (Lutecio) e, menos comumente, as quimioterapias convencionais.



Quais os principais exames utilizados nesse contexto?


Além da imunohistoquímica já mencionada, exames de imagem, como tomografias, PET CT, utilizando um marcador específico, com análogos da somatostatina, ressonância, em alguns casos, e alguns marcadores da doença dosados no sangue (cromoganina A, gastrina, insulina, entre outros) e na urina de 24 horas (ácido 5HIAA)



Quais profissionais compõem a equipe que trata esses tumores?


Além do oncologista clínico, podem demandar gastroenterologistas, endocrinologistas, cirurgiões digestivos e torácicos e médicos nucleares.




Tem alguma dúvida ou gostaria de sugerir um tema? Escreva pra mim: carolinavieiraoncologista@gmail.com

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